dia 27 de março de 2013
NOVAS OPORTUNIDADES
“Para fugir aos estudos”. Assim começou,
em 1996, o Sindicato de Poesia, com Ana Gabriela Macedo, António Durães,
António Fonseca, Eduardo Jorge Madureira, Fernando Coelho, José Miguel Braga e
Marta Catarino. Para a sede do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio,
Escritórios e Serviços do Minho, na Rua do Souto, em Braga, foram convocadas as
primeiras manifestações poéticas, que divulgaram grandes poetas portugueses dos
séculos XIX e XX, de Cesário Verde a Ana Luísa Amaral, passando por, entre
outros, Jorge de Sena, Ruy Belo, António Gancho, Manuel António Pina e Alberto
Pimenta.
Tendo,
portanto, fugido aos estudos, distraído pela “mosca popular”, “avioneta
escolar” no poema de Alexandre O’Neill, o Sindicato de Poesia regressa agora
com Novas oportunidades. Novas
oportunidades para ler, reler e ouvir a poesia portuguesa. As sessões terão
lugar nas últimas quartas-feiras de cada mês, sempre às 18h30, no Museu
Nogueira da Silva, no Espaço Maria Ondina Braga, escritora que, assim, também,
se pretende homenagear.
As
Novas oportunidades prosseguem hoje
com Fernando Guimarães e os poemas
de As
Raízes Diferentes (Relógio d’Água).
Tempestade em Veneza AGM
Considerações sobre o terramoto de Lisboa MC
Jardim do Museu Peggy Guggenheim
em Veneza MM
Veneza ao contrário FC
In memoriam D. B.: O deserto dos tártaros MM
Para Ana Karenine FC
Releitura do Rei Lear MC
Hamlet fala acerca do amor AGM
Reflexões minhas acerca de Romeu e Julieta MC
Desenho FC
Coroação da
Virgem de
Stefanio da Venezia AGM
Vários retratos de Jacqueline, por Picasso MM
Homem a ler de Rogier van der Weyden MC
In lectulo
per noctes,
de H. Schutz FC
Pietà Redonda AGM
Du Buisson: Plainte
sur la mort
de Monsieur Lambert MM
Um quadro de Egon Schiele – I FC
Um quadro de Egon Schiele – II MC
Um quadro de Egon Schiele – III MM
Membra Jseu
Nostri, de
Buxtehude AGM
Dizem As Raízes Diferentes: Ana Gabriela Macedo, Fernando Coelho, Manuela
Martinez e Marta Catarino
As Raízes
Diferentes, de Fernando Guimarães
Fernando Guimarães é crítico, autor de vários livros de poesia e ensaio, tendo também publicado ficção e teatro.
Em
2006, foi-lhe atribuído pela Universidade de Évora o Prémio de Ensaio Vergílio
Ferreira, tendo em vista o conjunto da sua obra ensaística. Recebeu os prémios
de tradução de poesia da Fundação Calouste Gulbenkian e Paulo Quintela da
Faculdade de Letras de Coimbra. Obras de poesia e ensaio suas receberam vários
prémios literários, nomeadamente da Associação Portuguesa de Escritores, do PEN
Clube e da Associação Internacional de Críticos Literários. Fernando Guimarães
recebeu também o Prémio Seiva, atribuído pela Seiva Trupe, da cidade do Porto.
Sobre
As Raízes Diferentes, Pedro Mexia
escreveu no Atual de 20 de Agosto de
2011: “…Guimarães recupera o motivo clássico do ‘escudo de Aquiles’, um
episódio da Ilíada que é uma cosmogonia poética, um mundo que nasce da
fantasia, mas também um pesado encargo, ‘uma peça brutal de ferro’. […] Quando
chegamos a uma sequência de esplêndidos poemas shakesperianos, Guimarães parece
concordar com Bloom, que defende que Shakespeare concentra toda a sabedoria
ocidental. Uma interpretação atenta das peças faz com que de novo se animem
vozes e vultos, que nos interrogam e interrogam a nossa condição. O que é
afinal aquele cavalo pelo qual Ricardo III oferece o seu reino […]?”
[http://relogiodaguaeditores.blogspot.pt/2012/10/fernando-guimaraes-e-maria-filomena.html]
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