1 de julho de 2025

ENCONTRAMO-NOS NO FINAL JUNTO À PALAVRA ÍNDICE

nota: recital incluido no festival 30 HORAS 30 ANOS DO GRANDE PRÉMIO DE LITERATURA DA dst

Informação para folha de sala dia 27 jun 23h e 28 jun 11h

 

Nome do recital:

 

ENCONTRAMO-NOS NO FINAL JUNTO À PALAVRA ÍNDICE

 

Texto introdutório:

 

Há muito tempo estivemos num café (no Porto, para que não haja dúvidas) integrados numa mostra de poesia oral, a dramaticamente chamada spokenword, sem aviso prévio. Fomos como se fossemos verdadeiros okupas mas sem o romantismo da ocupação, ocupação poética bem entendido, e foi pavoroso. Os frequentadores do tal café, não sabendo o que se iria ali passar (nem o que, entretanto, já estava a acontecer), embora estranhando, não abrandaram o seu desejo de convivialidade, esbracejando ainda mais veementemente, forçando a comunicação ruidosa, tudo isto a uma velocidade surpreendente, não deixando que os sindicalistas destacados vingassem e fizessem florescer nos jardins íntimos dos que, vá lá saber-se como, tinham ido ali para aquela precisa função de espectar outras poesias. Mesmo os empregados, insensíveis à palavra poética, berravam o mais alto que podiam, os pedidos que chegavam das mesas que iam percorrendo com a quinta engatilhada: “sai um cimbalino escaldado para a mesa sete”; “sai uma tosta mista com manteiga para o sr dr”... etc. Na sala ao lado, ou em baixo, com estridência israelita, estoiravam umas quantas bolas de bilhar que acertavam milimetricamente em cada pausa que era construída, destruindo o sentido e a alma do poema, se é que naquele momento ele ainda sobrevivia.

Enfim, um pavor.

Desde esse fatídico recital, a que habitualmente chamamos “plenário”, decidimos que nunca mais faríamos tal coisa. A não ser, de forma organizada, uma ou outra vez – principalmente n’A Brasileira, nossos cúmplices em algumas diatribes poéticas.

Mas agora os tempos são outros. Desde há uns anos que os cafés, mormente estes, são casa de livros. Os livros habitam os cafés de forma permanente, refugiam-se em estantes construídas para que eles as habitem naquele preciso lugar, ouvem as conversas dos que os frequentam, oferecem-se a leituras longínquas ou esparsas, deixam que as suas páginas impressas sejam percorridas pelos olhos dengosos dos que também consomem café. Hoje, são os livros que nos abrem as portas, que nos oferecem colo, meia hora de convívio silábico, à boleia do prémio de que se comemoram os primeiros trinta anos.

 

Não há muita poesia nesta selecção que hoje vos propomos. Porque quisemos seguir livremente o mapa dos premiados. E se há poetas entre eles, também os há contistas, romancistas, dramaturgos, etc. E não se estranhe que a autores premiados não correspondam textos de obras premiadas. Por exemplo: não será da árvore premiada de José Manuel Mendes, nosso cúmplice desde sempre, que sairá o fruto a consumir. Achamos ser mais interessante mostrar-vos um poema seu do último livro abocanhado pela censura no Portugal do 24 de abril. Outro exemplo: de Jacinto Lucas Pires não selecionámos um pedaço do seu excelente O Verdadeiro Actor (sem “c”), mas juntámos dois pedaços de falas da personagem Vendedor do não menos excelente Arranha Céus, peça de teatro; epor aí adiante. Palavras que nos parecem que convivem bem em cafés.

Esperamos que gostem.

Depois ENCONTRAMO-NOS NO FINAL JUNTO À PALAVRA ÍNDICE e conversamos. Que acham?

 

Apresentação do Sindicato:

 

O SINDICATO DE POESIA é uma associação cultural de Braga, fundada por um grupo de cidadãos com vontade de intervir artística e culturalmente na cidade, que se dedica à divulgação de poesia através da sua leitura mais ou menos encenada. Desde as sessões “Para acabar de vez com os estudos”, que decorreram em 1996 na sede do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços do Distrito de Braga até hoje, várias centenas de pessoas participaram desta ideia da poesia dita e partilhada, em muitas centenas de recitais, principalmente em Braga, mas também no(s) restante(s) país(es), de Santiago de Compostela a Faro.

 

O Sindicato contou  com a colaboração das mais variadas instituições nestasaventuras: a Biblioteca Pública de Braga (desde sempre), a Direcção Geral das Artes, a Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, a Universidade do Minho, Teatro do Campo Alegre, Companhia de Teatro de Braga, Estaleiro Cultural Velha-a-Branca, Junta de Freguesia de S.Victor, Junta de Freguesia da , Coro Académico da Universidade do Minho, Teatro Universitário do Minho, CensuraPrévia, Rádio Universitária do Minho, a Universidade de Santiago de Compostela, a Direcção Regional de Cultura do Norte, assim como com profissionais de reconhecido mérito como Afonso Fonseca, Natália Luiza, João Reis, João Lóio, Cristinana Oliveira, Ana Vieira Leite, Ana Luísa Amaral, Luís Assis, Luís Miguel Cintra, Márcia Breia, Sandra Faleiro, Fernando Lapa, Miguel Carneiro, Paulo Castro, Almeno Gonçalves, Nuno M. Cardoso, Dinarte Branco, entre muitos outros.

 

Informação adicional:

 

Poemas e prosas ditos por:

Ana Arqueiro, Ana Gabriela Macedo, António Durães, Dalila Monteiro, Gaspar Machado, Inês Pires, Joana Vilaverde, Manuela Martinez, Marta Catarino

 

Alinhamento

SIGAM O GUARDA-CHUVA VERDE, João Luís Barreto Guimarães (AD)

 

O AMOR É, Nuno Júdice (MM)

 

CANTAR DE AMIGO, José Manuel Mendes (AGM)

 

NINGUÉM MEU AMOR, Sebastião Alba (DM)

NESSE TEMPO EU ACREDITAVA QUE VIVIAM ANJOS, Maria Ondina Braga (GM+AA)

 

EU UMA VEZ TIVE UMA NAMORADA, Jacinto Lucas Pires (MC)

 

AS CORES QUE MUDAM, Firmino Mendes (JV)

 

BARCO, Gastão Cruz (IP)

 

O CARTAZ DO SENHOR TÓ, Lídia Jorge (AD+IP+JV+MM+GM)

 

CATILINÁRIA, Luísa Costa Gomes (AGM+AA+DM+MC+AD)
























9 de fevereiro de 2025

OH, SE ME DISSESSEM POESIA!...

dia 20 de Fevereiro, 21h00, na Livraria Centésima Página, Braga;

também na Biblioteca José Dias Coelho, em Alcântara, no mesmo dia e à mesma hora, um ou(t)ro alinhamento, mas o mesmo recital... Um recital com cinquenta anos.














27 de novembro de 2024

ANJOS REVISITADOS

ANJOS REVISITADOS 
 pelo sindicato de poesia 

"Se eu gritar, quem me ouvirá de entre as ordens dos anjos?", perguntava Rilke há 100 anos. Neste recital, os anjos não ouvem. São eles que gritam. Cantam. Dizem poemas. Revisitando lugares onde já foram felizes: a livraria Centésima Página (dia 25) e a Associação Velha-a-Branca (dia 26). Sempre às 21h, o Sindicato de Poesia retoma o papel e os papéis desses anjos rebeldes, resplandecentes, que povoam o nosso imaginário e aqui se fazem visíveis. Com poemas que abordam as múltiplas visões de tantos poetas, a direção de António Durães e a música de António Rafael e Daniel Pereira "Cristo", dois recitais para refletir sobre estes anjos que não guardam, nem vigiam, mas calmamente desesperam.

selecção de materiais diversos 
eduardo jorge madureira 

direcção 
antónio durães 

textos/sons/gestos ditos por 
ana arqueiro
ana gabriela macedo 
antónio durães 
antónio rafael 
daniel pereira 
gaspar machado 
inês pires 
joana vilaverde 
manuela martinez 
marta catarino 
paulo pereira 

composição e direcção musical 
antónio rafael 

quatro canções grafitadas + uma 
daniel pereira cristo 

intervenção plástica (asas inventadas) 
vânia kosta 

cartaz 
marta catarino 

folha de sala/grafismo 
luis cristovan 

teaser 
joana jorge 

apoios 
rádio universitária do minho 
centésima página 
velha-a-branca 

25 de novembro de 2024, às 21h00, na livraria Centésima Página e 
26 de novembro de 2024, às 21h00, na Velha-a-Branca


















1 de julho de 2024

PASSEIO DAS VIRTUDES (3)


Integrado do projecto PASSEIO DAS VIRTUDES, o Sindicato de Poesia esteve no dia 29 de Junho de 2024, às 16h00, no Mosteiro de Tibães, a ler textos de autores diversos, em resultado de uma oficina de escrita. Esta é a edição numero três.

Estiveram: Ana Arqueiro, Ana Gabriela Macedo, António Durães, Joana Vilaverde, Manuela Martinez e Paulo Pereira.












2 de fevereiro de 2024

12 de agosto de 2023

PASSEIO DAS VIRTUDES - 15 de julho de 2023

"Programa

 

Percorrendo alguns dos emblemáticos espaços do Mosteiro de Tibães, o Passeio das Virtudes proporcionará o contacto com inspiradoras histórias de vida, que podiam ser as nossas.

 

Iniciaremos na imponente Sala do Capítulo com uma leitura científica acerca de forças de carácter e sentido e vida.

 

Pela boa voz do Sindicato de Poesia, seremos conduzidos ao Pátio do Galo para ouvir a nossa primeira história e assim começar o Passeio das Virtudes.

 

Do interior intimista do Mosteiro, passaremos à verde envolvência da Cerca do Mosteiro para, por fim, chegar ao Escadório das Virtudes no topo do qual encontraremos a Capela de S. Bento.

 

E porque a música alimenta a inspiração, voltaremos à belíssima Sala do Capítulo para encerrar esta jornada, deleitando-nos com a sublime sonoridade do Ensemble IL Filo d´Oro."


Pelo Sindicato de Poesia, disseram: Ana Cláudia Fernandes, António Durães, Gaspar Machado, Joana Vilaverde e Manuela Martinez.